quarta-feira, 1 de abril de 2015

Não quero te ver nunca mais

Eram 4h34 a hora que fui dormir, depois de todo aquele filme sendo repetido na minha cabeça e na minha vida. Ô meu Deus, será mesmo que tenho que passar por isso de novo pra ver se dessa vez aprendo a lição? As 5h40 acordo com uma frase na cabeça: Um dia você vai perceber a mulher incrível que você perdeu.
Comei a escrever. Cuspindo palavras. Enxugando as lágrimas que escorriam. Pensando em como fui trouxa de cair mais uma vez nessa tua armadilha. Das diversas vezes que dizíamos ter acabado, sempre continuamos.. Só que sempre tem aquela vez que o machucado é tão grande que nunca cicatriza.
Você me tratou como uma bonequinha que pegava da estante a hora que bem entendia, e quando cansava de brincar me devolvia. Você foi o único (frisa bem essa palavra, ok?) ÚNICO que conseguiu acabar com todo o carinho que eu tinha por você. Na verdade você conseguiu acabar com tudo que um dia existiu dentro de mim sobre você. Não sobrou amor, não sobrou amizade, não existe mais carinho, não restou sequer ódio. Ficou um vazio. Um vazio que eu jamais imaginaria existir dentro de mim. E você me mostrou. Da mesma forma que me ensinou tantas coisas, da forma como você foi meu primeiro em tantas coisas, você foi o primeiro a me mostrar que que amor e ódio andam lado a lado sim, mas que amor não tem nada a ver com vazio. E vazio é o que restou. 
Foi lindo e maravilhoso, pena que tudo não passou de fantasias. Nem lembranças boas suas eu guardo mais. Pra mim você acabou. Pra mim você morreu. E é por isso que eu não te quero ver nunca mais. 

Flávia Sitta
(Texto escrito em 11 de março de 2015)

Nenhum comentário:

Postar um comentário