quinta-feira, 29 de maio de 2014

Encontra

É que talvez você não entenda em qual ponto do mundo a gente se perdeu e pra ser bem sincera nem eu mesma sei. Acordei um dia e não tive mais aquela vontade louca de te ter aqui, no dia seguinte não importava mais saber se você estava com outra, no próximo fim de semana você apareceu na minha casa e por incrível que pareca não fiquei com aquela vontade insuportável de te beijar, minhas pernas não balançaram mais, minha voz não travou. Num outro dia você disse que se lembrou de mim.. Acredita que isso não teve efeito algum? Impressionante né!? 
Impressionante ainda mais é você ainda ser aquela pessoa que tenho vontade de deitar no colo e fazer cafuné, abracar e não desgrudar nunca, continuo com saudades eternas. Tenho vontade de deitar na cama e ficar jogando conversa fora, beijar a boca e esquecer por um segundo de todo o mundo la fora, esquecer tudo o que nos aconteceu. Tudo o que permitimos acontecer. Tenho vontade de sair andando de mãos dadas, de ir no cinema, de olhar o céu com você.. Só não quero de volta. Não como antes. Já doeu uma vez. Já doeu duas. E como eu costumo dizer, quem erra uma vez, não necessariamente erra duas. Mas quem erra dez, com certeza erra onze. Insistir no erro é como assistir o mesmo filme milhões de vezes, você pode criar expectativa que algo diferente aconteça, mas o final será sempre o mesmo. 
Não busque explicações pelos beijos não dados, pelas palavras não faladas e pelos olhares desviados. Um dia qualquer simplesmente nos olhamos, encontramos bem lá no fundo o que costumava ficar bem a nossa frente e simplesmente soubemos que não eramos nós, a hora não era a nossa. Nós demos um ultimo beijo, um último abraço como quem diz até logo e seguimos em caminhos diferentes, cada um com a esperança de um dia nos encontrar novamente. Seja numa esquina, seja numa vida, ou até mesmo na próxima. Seja como amiga, amante ou falecida. Mas a gente se encontra. Reencontra. Contra. Desencontra.


Flávia Sitta

(Texto escrito em 29/05/2014)

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